A esta altura da vida, com vários trabalhos em seu escritório, sua idade aparece mais como um coadjuvante do que como um protagonista. Dono de uma sede incansável por trabalho, o meste Niemeyer completou no dia 15 de dezembro seus 103 anos.
Considerado por muitos o pai da arquitetura moderna, ele continua a encantar com suas formas e curvas. O concreto a cada ano que passa, mais parece uma massa de modelar, com formas cada vez mais ousadas e em outros casos repetidas. Será repetição ou afirmação de um estilo próprio que se perpetua desde a década de 1960 com a explosão que foi Brasília? Sob meu ponto de vista, fico com a primeira indagação. No mundo da artes, identidade é algo fundamental, é isso que eleva um artista a um patamar superior, além dos outros. E foi isso que Niemeyer consegiu fazer; impôs um estilo próprio reiventando a arquitetura com suas formas graciosas, mas sem perder as referêcias clássicas, de um passado rico e que não deve ser esquecido.
Pode-se perceber isso em Brasília, no Palácio do Planalto. Suas colunas ímpares fazem com pura e legância, referência a arquitetura clássica greco-romana, sendo conhecidas no mundo inteiro; um exemplo digno de um grande gênio da arquitetura.
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